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Automedicação: desafio crescente para a saúde pública e RH corporativo

*André de Barros Martins No Brasil, a tendência preocupante da automedicação se destaca como um sério desafio para a saúde pública, uma questão amplamente discutida em recentes eventos do setor. Em um desses encontros, tive a oportunidade de dialogar com o Dr. Paulo Yoo, diretor do Dr.

Atualizado em 07/02/2024 às 11:02, por Vanderlei Abreu.

*André de Barros Martins

No Brasil, a tendência preocupante da automedicação se destaca como um sério desafio para a saúde pública, uma questão amplamente discutida em recentes eventos do setor. Em um desses encontros, tive a oportunidade de dialogar com o Dr. Paulo Yoo, diretor do Dr. Consulta, sobre uma estatística alarmante: 77% da população brasileira recorre à automedicação. Paralelamente, um dado interessante e pouco conhecido é que 84% dos departamentos de Recursos Humanos (RH) não oferecem assistência farmacêutica aos seus colaboradores, o que pode acarretar em um impacto na saúde e bem-estar dos colaboradores.

Embora a automedicação possa parecer uma solução rápida para problemas menores de saúde, suas consequências podem ser gravemente prejudiciais. O uso inadequado de medicamentos é uma das principais causas de complicações de saúde, agravando doenças crônicas — responsáveis por 72% das mortes no país. Ademais, a adesão correta a tratamentos medicamentosos prescritos pode reduzir internações hospitalares em até 30%. Estima-se que problemas relacionados à farmacoterapia sejam responsáveis por cerca de 3 milhões de internações anuais no Brasil, e 28% das consultas em pronto-socorro estão ligadas a questões medicamentosas.

Um dos grandes desafios no combate à automedicação é o acesso limitado a informações adequadas e a medicamentos prescritos. Essa realidade é especialmente preocupante em ambientes de trabalho, onde a saúde dos colaboradores afeta diretamente o bem-estar geral e a produtividade. Os gestores de RH têm um papel crucial nesse cenário, a área pode trazer benefícios na saúde dos colaboradores, implementando políticas de saúde eficazes e programas de assistência farmacêutica.

É fundamental ressaltar que medicamentos devem ser utilizados apenas sob prescrição médica. Orientações precisas sobre dosagem, forma de administração e horário de ingestão são vitais para um tratamento eficaz. Além disso, é importante estar atento a efeitos adversos e interações medicamentosas, principalmente quando o paciente está utilizando múltiplos medicamentos.

Este alerta sobre a automedicação no Brasil sublinha a urgência de maior conscientização sobre os riscos associados a essa prática e destaca a importância de políticas de saúde mais eficientes e programas de assistência farmacêutica nos departamentos de RH. Medidas como essas são essenciais para assegurar a segurança e o bem-estar da população, mitigando os impactos negativos da automedicação na saúde pública e no ambiente corporativo.

*André de Barros Martins é vice-presidente sênior de Benefícios na Alper Seguros.


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